sexta-feira, 28 de maio de 2010

A MANDO (Claudio Nucci/Ana Terra)














Gosto desse amor inesperado 

sem futuro nem passado 
mas junto com nossa roupa 
arranca o presente dado. 

Gosto desse amor me devastando
 
com a sua mocidade
 
me sujeitando a seu mando
 
pra cumprir minha vontade.
 

Roubando estrelas do céu da boca
 
cravando os dentes na minha carne
 
os dedos em minhas partes ocas
 
e beijos molhados por toda parte
 
me percorrendo com intimidade
 
como se em mim sempre morasse
 
nosso prazer fosse uma arte
 
e cada gesto, nos retocasse.
 

3 comentários:

  1. Ana, vc, definitivamente, não está ao alcance das palavras...Vc consegue traduzir o q é intraduzível..Vc é uma força vital, necessária, única. A prova de q talento e sensibilidade não estão 'a dsiposição nas prateleiras...
    viva!!!
    bjooo

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  2. Querida, havia feito um comentário e ele se perdeu nesta internet de nuvem de algodão colorido que nos deixa no cinza quando menos esperamos.
    Linda letra/poema. Admiro a sua forma de entrar na investigação das formas dos existires.
    Beijo, maluco pra ouvir a música!

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