domingo, 25 de março de 2012

O QUE SE TECE POR TRÁS DA REDE DE INTRIGAS CONTRA ANA DE HOLLANDA?


O artigo do cineasta Cacá Diegues, publicado no jornal “O Globo” em 24 de março de 2012, chega como água clara e cristalina para limpar a lama que estão tentando jogar em cima da Ministra Ana de Hollanda desde a sua posse. Desde que ela tirou a licença da ONG norte americana “Creative Commons” do site do MinC, num ato de soberania e altivez que devemos esperar dos dirigentes brasileiros, tentam associá-la a uma suposta quadrilha que dirige o ECAD. Mas o que está mesmo por trás da rede de intrigas é o que se tece por trás da rede da internet:

Com a popularização do uso de redes de comunicação bilhões de pessoas passaram a transitar pelo chamado “território livre da internet”. Liberdade que cobra um altíssimo preço para sua existência, pago pelo cidadão usuário que contrata um serviço, ou como acontece em muitos países, pago por órgãos governamentais que disponibilizam gratuitamente esse serviço para a população. Em ambos os casos, empresas privadas recebem uma concessão pública como qualquer meio de comunicação, para explorar economicamente este negócio que possui um número gigantesco de clientes.

Além do pagamento pelas assinaturas, a grande receita das empresas se dá pela publicidade na internet e pela negociação de bancos de dados formados a partir de informações fornecidas graciosamente pelo usuário em suas redes sociais.

O que move o sistema capitalista é obviamente o lucro, e não as boas intenções. E com péssimas intenções, o poder econômico induz ao público a ideologia da democratização da cultura e da arte, colocando na boca dos cidadãos o discurso aparentemente legítimo do “direito universal” de acesso ao conhecimento.

Nesta ação, o que está embutido, é a maximação dos lucros das empresas de telefonia e os sites provedores de conteúdo, através do não pagamento dos direitos autorais das obras artísticas e culturais, que são a razão de ser da internet. O mais preocupante é assistir setores governamentais, acadêmicos e políticos, apoiarem essa prática atual de estelionato como a tentativa de alterações significativas da Lei 9.610 que rege os Direitos Autorais no Brasil.

E muito mais preocupante é que se utilizam de mentiras contra a gestão da Ministra que o artigo do Cacá Diegues tão bem elucidou. Se tantos querem o lugar dela, aprendam a ter educação e serenidade. 

Violência e má-fé não são boas credenciais para um Ministro da Cultura.

7 comentários:

  1. Eu ia te ligar para te falar desse artigo. Segundo o Cacá Diegues houve esdrúxula participação dos jornais paulistas. Regina Case eu seu programa semanal neste final de semana deu um viva à participação de Gilberto Gil dizendo : "Viva Gil que defende a liberdade digital para música". A intenção dela foi dar uma no Minc. Também, amiga de Hermano Vianna, o que esperar ?

    ResponderExcluir
  2. Quero ver publicar o meu...
    Seguinte,essa insistente mania de se apegar na liberdade dentro da internet,me parece uma cordinha frouxa,uma desculpa esfarrapada para não enxergar o grande perigo:aconselhada pelos advogados do Ecad,e pelos fantoches do grande ventriloquo Perdomo,a sombra sinistra do direito autoral brasileiro,a nossa querida ministra monta,com perspicácia,uma rede de proteção a esse órgão,usando as prerrogativas de uma ministra de estado,usando pessoal todo colocado a seu serviço,pelas mesmas pessoas a que me referi acima,tentando afastar qualquer tipo de fiscalização e TRANSPARENCIA dentro do Ecad,assim como travar mudanças nos criterios de arrecadação e,principalmente,nos de distribuição,que são tremendamente velhos e injustos,apesar do Ecad jurar ao contrario,como se eu e muitos outros tivessem nascido ONTEM.Essa atitude bate de frente com as promessas no programa do PT e da nossa Presidente para o setor.Nós aqui chamamos isso de "muita cara de pau".Alem disso,que já seria o suficiente para alija-la do emprego(e olhe que sou a favor de melhor controle do uso de musica na internet,pois ,como dizia nossa grande Cacilda Becker,"não me peça para dar de graça a unica coisa que tenho pra vender".Mas isso todos querem.Mas vcs parecem que fazem questão de não perceber que isso não invalida a vontade de alguns-ou muitosloucos-quererem dar de graça o deles,o que é,unicamente,problema deles),a moça,atraves de seu ministerio anda deixando empresas,como a Ambev,conseguir aprovação de projetos para captação de recursos para Rodeios,onde se maltratam animais e fazem a Ambev parecer uma empresinha sem recursos financeiros.Poderia inumerar mais coisas,mas fico só por aqui.Pelo visto,vcs acham que tudo isoo que eu disse são invencionisses minhas,não é.Quando a Ana assumiu,apoiei ela.Aos poucos fui percebebndo certas estranhezas.Pensei que fosse ingenuidade dela,e pedi para ela abrir o olho.Depois fui percebendo que amizades excluem ética.Fazer o que,né?!Mas na nossa clepto-democracia tudo é e não é.E vai-se levando,né?! Pois é...vamos levando...
    Muitos beijos,
    Ivan

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  5. Olá Ana
    A falta de informação de certas pessoas provoca visões distorcidas que acabam se tonando parte do discurso dos espertalhões.
    As supostas ligações da Ministra Ana de Hollanda com ECAD é uma falácia orquestrada por seus detratores que ambicionam sentar na cadeira do MinC. Ana de Hollanda é filiada a AMAR do mesmo jeito que o Gilberto Gil é filiado a ABRAMUS. Mas nunca em nenhum momento alguém afirmou que existia um conluio secreto entre o Gil e o ECAD. Sobre a supervisão do ECAD a ministra deixou claro que jamais se posicionou contra. O fato é que não cabe ao MinC criar uma ferramenta específica para fiscalizar o ECAD passando por cima do que está sacramentado em lei. Entretanto conforme estabelecido no Plano Nacional de Cultura, cujas metas foram aprovadas já na gestão da Ministra, está se propondo a criação do IBDA (Instituto Brasileiro de Direito Autoral), com inúmeras funcões em relação à Propriedade Intelectual, mas isso depende da aprovação da lei no congresso e da autorização para a criação de um novo instituto. Quem sabe a turma do NIM possa dar uma forcinha né?
    Beijokas musicais.
    Tibério Gaspar

    ResponderExcluir
  6. Acredito haver um desvio sobre a questão nesse texto. A questão levantada por você, Ana, é sobre se existe "verdadeira democratização" na internet ou não, fugindo assim dos assuntos que envolvem a ministra. Acho sim, que isso é uma questão importante, refletir sobre o quão livre é a internet, sobre o trabalho de megas coorporações envvolvidas e o seu uso consciente. mas essas são questões muito maiores do que as que pregam e cabem à ministra.
    acho também ingenuidade acreditar que a "razão de ser da internet é o não pagamento de direitos autorais de obras artísticas e culturais". fato é que, diferente de qualquer meio de comunicação que tem suas mega-corrporações e um grande sistema de rede de lucros por detrás, ela, a internet, de fato disponibiliza diferentes pontos de vista e não apenas um como o fazem os meios de comunicação tradicionais. a partir do momento que temos novos meios de comunicação, novs formas de troca em sociedade, é necessário se re-pensar os meios de difusão, venda e acesso à cultura. e é isso que o ministério, de maneira antiquadéissima, não quer enxergar. retirar a licença/direito da mão de alguns poucos e colocar na mão de alguns muitos(creative commons) é obviamente um processo de se democratizar esse acesso.

    ResponderExcluir
  7. Oi Fernando, gostaria que se identificasse. É autor?

    Não tenho procuração da Ministra e nem ocupo cargo no ministério. Não vejo grande diferença da política atual da anterior, inclusive porque já discordava de muitas ações. Mas isso tenho me manifestado publicamente em vários artigos.

    Há estudiosos americanos da internet que negam essa democratização, justamente por conta das grandes corporações, mas isso é assunto para outro artigo.

    Defendo que o trabalhado intelectual deve ser remunerado como outro qualquer.

    E concordo plenamente que devemos democratizar todos os acessos, principalmente ao super mercado e à moradia, que é um direito fundamental de todos.

    Abs
    Ana Terra

    ResponderExcluir