Não, meu bem, o prazer não mora num só lugar. Ali é apenas porta de saída, quando já estamos de partida, o corpo é uma vasta morada, casa de altos e baixos, vista para a avenida, para sol e mar, para o infinito. Cada canto tem seu segredo, memória, silêncio, grito. E mais que tudo tem o tempo. Travando fechadura, janela, trinco. Requer mãos de afeto, óleo especial, sorriso. O mesmo tempo que parece tanto, não fosse ele não haveria como, acumular tesouro, saber, encanto.
E se a visita lembra, não só da embriagues na saída, mas de quanta festa foi ali vivida, a casa inteira brilha, de um prazer que nunca então sentira.
E se a visita lembra, não só da embriagues na saída, mas de quanta festa foi ali vivida, a casa inteira brilha, de um prazer que nunca então sentira.
Mais um texto recheado de palavras escolhidas e sabiamente dispostas.
ResponderExcluirParabéns, Ana Terra, em nome de todas as mulheres.
Val Belisário.