domingo, 29 de junho de 2014

AMOR LÍQUIDO

No mapa do céu um triângulo poderoso, Lua, Vênus, Netuno, meu mestre falava -Ana, você é quase um arquétipo amoroso e já que não tenho nenhum lado lógico nem cético, assumia a sina me sentindo abençoada. E entendi então meus três orixás da água, das mais escuras às mais claras, que Mãe Menininha enxergou assim: Oxum, Iemanjá e Nanã em mim. E entendi depois a menina a mulher a senhora, essa mulher que sorrindo chora, que amando um homem adora e adorando o que for se apega. Esse apego que todo mundo nega. Mas vem Bauman dizer, e me liberta, que o mal da pós modernidade é isso, o desapego, onde tudo é descartável. 

Em sociólogo acredito quando interessa porque não sou boba mas maleável e meu amor, que me escolheu entre todas as  mulheres do mundo, entre as sãs e as loucas, vai me construindo como um lego interminável, com as peças, os pedaços, que lhe entrego. Comunista mágica, mística, firmamento. Dele só sei que é ateu, quase um crime. Mas pensando bem, muito bem...vou com ele até Deus me livre.

Ana Terra

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