terça-feira, 16 de julho de 2019

Também sofri machismo na política

Nos anos 1980 participei de várias diretorias da AMAR- Associação de Músicos Arranjadores e Regentes que recebeu compositores e intérpretes para se fortalecer. 

Em 1990 foi eleita uma chapa na qual eu era a Presidente e Gilberto Gil, vice. Só que pelo fato de ser mulher os donos do feudo achavam que eu seria um fantoche. Quando a diretoria decidiu cortar verbas extras que favoreciam antigos dirigentes começou a baixaria pelas minhas costas. Uma das piores foi dizerem que eu fiz um acordo com a ABERT em relação aos direitos autorais pagos pelas emissoras de rádio e TV. 

Gil ligou de Montreux onde participava do Festival, para Paulinho da Viola. Queria esclarecer essa notícia que tinha chegado a ele. Foi graças ao Paulinho que me ligou em seguida que descobrimos que membros da antiga diretoria estavam me caluniando. Inclusive enviando cartas aos associados mentindo sobre meus atos. Depois dizem que só na política partidária o jogo é sujo. Entre artistas também. 


(Essa e outras histórias estarão no meu livro de memórias  “Essa Mulher”.) 

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