A Mulher e o Menino chegaram
naquela aldeia quando o dia e a noite ficavam do mesmo tamanho. Era a
celebração da Harmonia. Todos participavam da renovação acertando o que estava
em desequilíbrio. Aparavam os cabelos, as arestas e os espinhos. Emparelhavam
os animais. Uniam os pares.
No momento de equinócio trouxeram
para o centro da balança o objeto sagrado. Ele brilhava feito ouro e o Sol de
um lado. Feito a prata e a Lua do outro. Os noivos se ajoelharam diante dele e
iam colocando no respectivo prato o que traziam. Cada um depositava a força e
também a fraqueza.
Sempre que um lado pendia mais,
imediatamente o outro era compensado. Se pesava a dor, no outro devia ter a
compaixão. Para o frio, aquecimento. Para a sede, água. Para a sede, agua. Para
a sombra, luz. Depois que encontravam o equilíbrio, chegava o ponto principal
da Cerimonia.
O que agora seria depositado era
tão grande que ninguém conseguia medir, mas ao mesmo tempo não devia mover um milímetro
sequer da Balança Sagrada.
Quanto maior, menos peso. Devia
ser leve como o ar. Flutuar.
O que eles traziam por fim, era o
Amor.
Maravilha, Ana Terra.
ResponderExcluirDá vontade de ser de Libra para encontrar esse equilíbrio.
Todo mundo deveria ser de Libra.